Sefaz-RS: novo passo na NF-e no varejo
Maurício Renner // terça-feira, 29/05/2012 17:10
A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul está em busca de empresas
gaúchas interessadas em fazer parte de um projeto de uso de nota fiscal
eletrônica pioneiro em nível nacional.
NF-e para varejo já está em uso na Panvel.
O projeto roda em fase piloto desde fevereiro com as Lojas Renner, Colombo, Paquetá e Panvel.
A novidade consiste em transformar a nota em papel entregue ao
consumidor em um “danfinho” - termo carinhoso usado na Sefaz para a
versão reduzida da Danfe.
A nova nota conta com um número de série pelo qual o consumidor pode acessar a informação completa online, além de incluir o seu CPF e receber a mesma no e-mail ou celular.
“Começamos o primeiro grupo por demanda das empresas. Solucionamos
alguns problemas e estamos prontos para uma ampliação”, revelou Dimitri
Domingos, responsável pelo projeto dentro da Sefaz-RS, durante
participação no seminário Rumos da Fiscalização Eletrônica, realizado
por Seprorgs/Assespro-RS nesta segunda-feira, 28.
Domingos apontou grandes redes supermercadistas como possíveis interessadas numa segunda fase.
Para os participantes, a principal vantagem é reduzir a dependência
das impressoras fiscais, que custam em média R$ 2 mil. Máquinas com as
mesmas caraterísticas de velocidade, mas sem os módulos de segurança e
os lacres, podem fazer o trabalho pela metade do preço.
A impressora fiscal é o equipamento mais caro de um PDV, e, com a
eliminação de sua necessidade, o custo para montagem de um caixa pode
cair em até 50%, aponta o gerente de TI do Grupo Dimed Panvel, Carlos
Dottori.
Na Panvel, a estreia na NF-e para o consumidor ocorreu na farmácia
da Avenida Goethe, em Porto Alegre, e a meta, nos próximos meses, é
levar o serviço a todas as 240 unidades do Rio Grande do Sul.
Por hora, o modelo segue híbrido: para quem topa, vai a NF-e, que é
enviada ao e-mail do consumidor, o que possibilita também o check out em
dispositivos móveis.
MASSIFICAÇÃO INCERTA
Até agora, no entanto, nada indica que o uso da NF-e para o consumidor
final vá seguir o mesmo rumo da nota eletrônica, que começou como um
piloto para 12 empresas em 2005 e rapidamente se tornou uma
obrigatoriedade.
“Dificuldades de conexão, contingência e velocidade ainda impedem a massificação”, resumiu Domingos.
O aspecto de disponibilidade de conexões de alta velocidade é o mais
complicado, uma vez que está fora das mãos da Sefaz. No mais, a
secretaria já trabalha num plano de contingência que envolva a
possibilidade de impressão de QR Codes em notas impressas em um período
de desconexão.
Outro problema é que ainda não está claro se o formato defendido
pela Sefaz-RS de nota para o consumidor final vai triunfar no contexto
nacional, o que diminuiria os ganhos de escala para empresas que queiram
entrar na novidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário